O preto e branco representa não só a triste história que me levou (mais à Marlene) até à Galiza, no final de 2002, mas também o estado de espírito dos galegos nessa altura, o ar que se sentia e via, a tristeza nos olhares e na fala, o cheiro que emanava da beira mar. Quem nunca foi à costa galega, entre Vigo e o cabo Finisterra, não sabe o que perde - enseadas, muito verde em terra e azul no mar, pequenas vilas piscatórias, muita paz e sossego. Mas o desastre do Prestige mudou tudo de um dia para o outro. O crude começou a dar à costa e por todo o lado se viam pessoas a recolher, com pás e baldes, quilos e quilos daquela substância viscosa, que matou tudo o que apanhou à frente. A começar pelo orgulho galego nos seus produtos do mar e da costa - têm um marisco delicioso. Esta imagem é apenas mais uma. Para que não se repita, a mensagem que vi em muitas bandeiras colocadas em janelas por toda a região, quando lá voltei em 2003.
quarta-feira, março 21, 2007
A viagem mais triste
O preto e branco representa não só a triste história que me levou (mais à Marlene) até à Galiza, no final de 2002, mas também o estado de espírito dos galegos nessa altura, o ar que se sentia e via, a tristeza nos olhares e na fala, o cheiro que emanava da beira mar. Quem nunca foi à costa galega, entre Vigo e o cabo Finisterra, não sabe o que perde - enseadas, muito verde em terra e azul no mar, pequenas vilas piscatórias, muita paz e sossego. Mas o desastre do Prestige mudou tudo de um dia para o outro. O crude começou a dar à costa e por todo o lado se viam pessoas a recolher, com pás e baldes, quilos e quilos daquela substância viscosa, que matou tudo o que apanhou à frente. A começar pelo orgulho galego nos seus produtos do mar e da costa - têm um marisco delicioso. Esta imagem é apenas mais uma. Para que não se repita, a mensagem que vi em muitas bandeiras colocadas em janelas por toda a região, quando lá voltei em 2003.